David Cameron abandona esta quarta-feira o cargo que ocupou desde 2010. Theresa May, a primeira mulher a liderar um governo britânico desde Margaret Thatcher promete "fazer do Brexit um sucesso".
Corpo do artigo
Theresa May chega à liderança do governo britânico aos 59 anos. Antes, e com Cameron em Downing Street, foi Ministra do Interior e os analistas sublinham que demonstrou grande firmeza face à delinquência, aos imigrantes clandestinos e aos imãs islamitas.
Foi por várias vezes apelidada de "nova Margaret Thatcher" e não sendo sua sucessora direta é, pelo menos, a primeira mulher a ser nomeada primeira-ministra desde a saída de cena da "dama de ferro".
Na passada quinta-feira pediu o apoio dos deputados conservadores dizendo-lhes que o país precisa "de uma liderança forte, com experiência para negociar o melhor acordo entre o Reino Unido e a União Europeia" e também capaz de "unir o partido e o país".
Theresa May é filha de um padre anglicano, estudou geografia em Oxford e ocupou durante pouco tempo um cargo no Banco de Inglaterra. A meio da década de 80 iniciou a carreira política.
O cargo mais alto a que tinha chegado no Partido Conservador tinha sido entre 2002 e 2003 quando se tornou secretária-geral.
A segunda primeira-ministra da história do Reino Unido promete "forjar um novo papel" para o país, fora da União Europeia. Ela que, apesar de se afirmar como eurocética, optou por permanecer fiel ao, na altura, primeiro-ministro David Cameron e defendeu a permanência.
Manteve-se, no entanto, afastada da campanha e foi isso, dizem os analistas, que permitiu a Theresa May unir "as fações rivais do Partido Conservador" e hoje chegar à liderança do governo britânico.
É casada desde 1980 com um banqueiro.
Não tem filhos e admite ser adepta das corridas, e da cozinha.