O fornecimento de energia elétrica a todo o território de Timor-Leste ficou na terça-feira quase concluído com a inauguração da central elétrica de Betano, a cerca de 90 quilómetros a sul de Díli.
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«A partir de hoje podemos dar luz a 12 distritos e a 47 subdistritos. Faltam 13 subdistritos e Oecussi», afirmou à agência Lusa o secretário de Estado da Eletricidade, Januário Pereira.
Entre os 13 subdistritos que faltam eletrificar encontra-se a ilha de Ataúro, que pertence ao distrito de Díli, e que terá fornecimento elétrico através de cabo submarino.
Em Oecussi, segundo o secretário de Estado, será construída uma central elétrica.
«Iniciamos a obra no final de 2008 e hoje concluímos a segunda central e ficamos com capacidade para 156 megawatts», afirmou.
Por acabar, explicou o secretário de Estado, ficou a subestação do Suai, que só vai entrar em funcionamento daqui a um mês e a ligação das linhas de transmissão entre Cass/Suai e Maliana, que estão «quase concluídas».
Para o Governo timorense, a «eletricidade é uma pedra basilar do crescimento económico», que vai trazer benefícios «inestimáveis» para a população.
O programa do Governo prevê o desenvolvimento de energia solar e eólica para reduzir a dependência do combustível.
As centrais elétricas de Hera (inaugurada em novembro de 2012 para abastecer a costa norte) e de Betano, para abastecer a costa sul, foram construídas pela empresa chinesa China Nuclear Industry 22nd Construction Company (CNI22).
O contrato assinado em 2008, no valor de 360 milhões de dólares (269 milhões de euros), incluiu também a construção de 10 subestações e a expansão da rede elétrica com novas linhas de alta tensão num total de 750 quilómetros.