O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados avisa que não faz sentido tomar medidas de forma unilateral. O ACNUR teme que controlos fronteiriços deixem os refugiados num "vazio legal".
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A União Europeia deve evitar que venha a existir uma fragmentação de regras de travessia das fronteiras. O organismo liderado por António Guterres sublinha que "não é essa a resposta" correta para esta crise, "toda a gente sabe isso". O ACNUR receia ainda que os refugiados apanhados no meio dessa teia possam ficar emaranhados num "limbo" de legislação.
Para o ACNUR, a Alemanha - em vésperas de uma importante reunião dos ministros europeus da administração interna -, está a demonstrar aos parceiros europeus que não pode lidar sozinha com toda esta crise humanitária.
Melissa Fleming, porta-voz do alto comissariado das nações unidas, propõe que sejam erguidos novos centros de registo e acolhimento nos países que têm acolhido mais refugiados. A organização considera que estas estruturas fazem mais sentido na Grécia, na Hungria, mas também em Itália.
O ACNUR sugere que estes centros sejam geridos pela União Europeia, com apoio das Nações Unidas e aí seria determinado quem é refugiado (por fugir à guerra e a perseguições) e quem é imigrante económico, fugindo à miséria.