As autoridades de Gaza estimam em quase 53.300 o número de mortos resultantes da ofensiva militar israelita contra o enclave desde 7 de outubro de 2023
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O Ministério da Saúde do Governo do Hamas na Faixa de Gaza anunciou este domingo que "todos os hospitais públicos" no norte deste território estão fora de serviço, depois de o Exército israelita ter invadido a última unidade em funcionamento.
"A ocupação israelita intensificou o seu cerco, com pesada artilharia em torno do hospital indonésio e arredores, impedindo a chegada de pacientes, pessoal médico e materiais médicos, forçando o hospital a fechar", disse o ministério, em comunicado.
Os ataques levados a cabo por Israel contra a Faixa de Gaza durante a noite e no dia deste domingo fizeram mais de cem mortos, segundo fontes hospitalares.
Mais de 48 pessoas foram mortas, entre as quais 18 crianças, na cidade de Khan Younis, onde também foram atingidas casas e tendas que abrigam pessoas deslocadas, segundo o porta-voz do Hospital Nasser, Weam Fares.
No norte de Gaza, dois ataques contra casas no campo de refugiados de Jabaliya mataram 19 pessoas, incluindo sete crianças, segundo os serviços de emergência e da proteção civil.
O Exército israelita ainda não comentou nem forneceu informações sobre os mais recentes ataques contra a Faixa de Gaza.
A guerra entre o Hamas e Israel intensificou-se em 7 de outubro de 2023 após um ataque de comandos do movimento islamista palestiniano, que fizeram 250 reféns israelitas e cerca de 1200 mortos, segundo o balanço das autoridades israelitas. As autoridades de Gaza estimam em quase 53.300 o número de mortos resultantes da ofensiva militar israelita contra o enclave desde 7 de outubro de 2023.
Na sexta-feira, as forças armadas israelitas anunciaram o início da expansão da ofensiva terrestre na Faixa de Gaza como parte dos objetivos de Telavive: a libertação dos reféns ainda detidos em Gaza e a derrota do Hamas.