Presidente norte-americano rasgou o acordo nuclear internacional assinado com o Irão.
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Donald Trump anunciou que os Estados Unidos vão sair do acordo nuclear internacional assinado com o Irão e o grupo 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - EUA, Rússia, China, França e Reino Unido - e a Alemanha), o que espoletou reações de vários países.
O presidente iraniano foi dos primeiros a reagir e manifestou intenção de se manter no acordo nuclear. "Se alcançarmos as metas do acordo em cooperação com outros membros, o pacto permanecerá em vigor", disse Hassan Rouhani.
O primeiro-ministro israelita, por outro lado, felicitou Donald Trump pela decisão de abandonar o acordo nuclear com o Irão e voltar a impor sanções ao país. "O Presidente Trump tomou uma decisão valente", disse Benjamin Netanyahu, que agradeceu as medidas "para travar a atitude agressiva do Irão" em nome de todos os israelitas.
Tal como Israel, a Arábia Saudita também concorda com a decisão do presidente norte-americano. "Apoiamos os passos anunciados pelo presidente dos Estados Unidos para se retirar do acordo nuclear", revelou o ministério das Relações Intenacionais sauditas difundido pela televisão estatal".
Já a representante da União Europeia demarcou-se de forma clara da decisão norte-americana, manifestando-se preocupada com o anúncio de novas sanções. Federica Mogherini pediu aos restantes países que assinaram o acordo para se manterem nesse pacto. O mesmo pediu António Guterres na ONU.
Emmanuel Macron anunciou, numa mensagem publicada no Twitter, que o seu país, a Alemanha e o Reino Unido lamentam a retirada dos EUA do acordo nuclear. "O sistema internacional de luta contra a proliferação de armas nucleares está em jogo", alertou o presidente francês, que discutiu esta posição conjunta com a chanceler alemã, Angela Merkel e a primeira-ministra britânica, Theresa May.
A Rússia, por sua vez, está "profundamente desapontada" com a decisão de Trump de retirar os Estados Unidos do acordo sobre o nuclear iraniano, frisou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, denunciando "uma violação grosseira do direito internacional".
Também o antigo antigo Presidente norte-americano qualificou de "erro grave" a tomada de posição de Donald Trump de retirar os Estados Unidos do acordo sobre o nuclear iraniano, considerando que pode prejudicar a credibilidade dos Estados Unidos no mundo.
"Penso que a decisão de colocar [o acordo] em risco sem qualquer violação do acordo pelos iranianos é um erro grave", indicou Brack Obama numa declaração.
O acordo concluído em 2015 por Barack Obama, na sequência de intensas negociações, permitiu o levantamento de parte das sanções internacionais ao Irão mediante restrições ao programa nuclear iraniano, além de obrigar a o país a frequentes e rigorosas inspeções.