O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, qualificou hoje como «terrorismo» o sequestro, ontem, num café de Sydney, que terminou com três mortos, mas ressalvou que seria errado relacioná-lo com grupos extremistas.
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Em conferência de imprensa, Abbott disse que o sequestrador, identificado como Man Haron Monis, é «um doente mental com um longo historial de crimes» e criticou as referências ao grupo jihadista Estado Islâmico no caso do sequestro.
Katrina Dawson, uma advogada de 38 anos e mãe de três crianças, e Tori Johnson, gerente do estabelecimento, de 34 anos, morreram após terem sido feitos reféns, com outras 15 pessoas, por um homem armado no Lindt Chocolate Cafe, alegadamente abatido pelas autoridades, que intervieram ao fim de quase 17 horas.
Outros cinco reféns e um agente ficaram feridos, três dos quais na sequência de disparos.
O primeiro-ministro australiano elogiou ainda a coragem de «pessoas decentes e inocentes» feitas reféns durante «a fantasia doente de um indivíduo profundamente perturbado».
«Não somos imunes à violência com motivações políticas que tem perseguido outros países», disse o chefe de Governo australiano.
Abbott também prestou elogios à atuação «profissional» da polícia.
«A Austrália será sempre uma nação livre, aberta e generosa (...) que abrirá o coração a todas as comunidades sem exceção», asseverou.
De acordo com os meios de comunicação social australianos, que citam fontes policiais, Man Haron Monis, de 49 anos, era um refugiado iraniano que se apresentava como um pregador do Estado Islâmico.
O diário "The Australian" informou que enviou cartas de ódio às famílias de soldados australianos mortos em conflitos no estrangeiro e que estava em liberdade condicional, depois de ter sido acusado de cumplicidade no homicídio da ex-mulher.