O antigo primeiro-ministro britânico, em entrevista à CNN Europa, admite que o planeamento sobre o futuro do Iraque, após a queda de Saddam Hussein, não foi capaz. Blair reconhece, ainda, que os serviços de inteligência falharam na avaliação, mas não se arrepende de ter derrubado o antigo líder iraquiano.
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"Peço desculpa pelo facto de as informações que recebemos estarem erradas. Porque mesmo que ele[Saddam Hussein] tenha usado armas químicas contra o seu próprio povo e contra outros, o plano não existia da forma como pensávamos. Peço desculpa por isso. Peço, também, desculpa plos erros no planeamento e pelo nosso entendimento errado do que iria acontecer assim que o regime fosse derrubado. Mas é dificil desculpar-me por ter derrubado Sadam. Mesmo agora, em 2015. É melhor ele não estar lá do que estar".
Foi com estas palavras que Tony Blair admitiu erros do passado. Erros coemtidos antes, durante e depois da guera contra o Iraque.
Numa entrevista à CNN Europa, o antigo primeiro ministro-britânico reconheceu que o serviços de inteligência fizeram uma avaliação errada do que se estava a passar no Iraque.
Apesar dos erros cometidos, Tony Blair não se arrepende do facto de Sadam Hussein ter sido derrubado. O ex líder do governo britânico, aquando dos acontecimentos, acredita que o Iraque está melhor sem ele, mas também adimite que a guerra no Iraque precipitou a ascenção do auto denominado Estado Islâmico.
"Não podemos dizer que quem derrubou Saddam, em 2003, não tem responsabilidade no que está a acontecer em 2015. Mas também é importante perceber que, por um lado, aquilo que aconteceu na primavera árabe em 2011 também teve impacto no Iraque de hoje, e, por outro lado, Estado Islâmico tornou-se forte a partir de uma base na Síria e não no Iraque. E isso leva-nos ao ponto central, que eu acho essencial quando olho para a nossa política hoje. Não é claro para mim que mesmo que a nossa política não tenha resultado... outras políticas tivessem resultado melhor", afirmou Tony Blair, nesta entrevista à CNN Europa.