A diplomacia não chega, na opinião de Tony Blair. Para o antigo primeiro-ministro britânico, enviado especial para o Médio Oriente, não é possível vencer o Estado Islâmico sem enviar tropas terrestres.
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Tony Blair está convencido que os esforços diplomáticos para derrotar o Estado Islâmico de nada valerão sem uma ofensiva terrestre.
Em entrevista à BBC, o antigo primeiro-ministro britânico pede que essa possibilidade não seja descartada em definitivo. Do lado dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama tem insistido que na ideia de que o combate que vai fazer-se, em exclusivo, pelo ar, com ataques aéreos na Síria e no Iraque.
«Se for necessário, à medida que a situação for evoluindo, não devemos pôr de lado a utilização de forças especializadas», defendeu o enviado especial para o Médio Oriente.
Blair está convicto que por muita diplomacia que possa existir, por muito esforço na ajuda às tropas curdas, se não houver uma intervenção no terreno, o Estado Islâmico pode ser travado, mas não vencido.
«O que quero dizer é só isto. Toda a nossa experiência nos ensina que quanto menos nos prepararmos para combater esta gente no terreno menos chances temos de os derrotar» concluiu Tony Blair, para quem este tipo de radicalismo só pode ser vencido através de uma intervenção no terreno.