Ainda durante esta quinta-feira está prevista a retirada de "dez cidadãos sinalizados por Portugal" da cidade de Gaza.
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O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, avançou esta quarta-feira que um bombardeamento à Faixa de Gaza matou três portugueses, dos quais dois menores.
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"O Governo português lamenta profundamente a morte de três cidadãos nacionais na sequência de um bombardeamento hoje [quarta-feira] no sul de Gaza", avança o gabinete de imprensa do Ministério de Gomes Cravinho, num comunicado enviado às redações.
À margem da visita à Guiné-Bissau, o governante adiantou que morreram "uma adulta e duas crianças" de nacionalidade portuguesa e referiu ter transmitido em nome de Portugal ao seu colega israelita "desgosto em relação a estas mortes". Gomes Cravinho aponta que estes cidadãos, que já tinham pedido auxílio para sair de Gaza, aguardavam autorização.
Ao todo, morreram cinco pessoas. As outras duas eram familiares dos cidadãos portugueses.
Ainda durante esta quinta-feira está prevista a retirada de "dez cidadãos sinalizados por Portugal", dois dos quais portugueses. A autorização foi dada pelas autoridades egípcias, em articulação com as autoridades israelitas.
"A saída deverá decorrer, sob coordenação das autoridades locais, através da passagem de Rafah, nas próximas horas, a qual estará aberta para a retirada de cidadãos estrangeiros de Gaza para o Egito", lê-se na nota.
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Em contacto com este grupo de cidadãos estão as embaixadas de Portugal no Cairo e em Telavive, bem como a representação diplomática de Portugal em Ramallah e o Gabinete de Emergência Consular em Lisboa, a fim de assegurar a sua saída "em segurança".
"Aquilo que o ministro israelita me disse hoje [quarta-feira] é que amanhã [quinta-feira] sairão", revela Gomes Cravinho, que adianta que tem havido um contacto permanente com as autoridades egípcias e israelitas.
O repatriamento destes cidadãos "ficará a cargo do Estado Português, estando assegurados alojamento e transporte para território nacional".
Para João Gomes Cravinho, "pausa, cessar-fogo, trégua, pouco importa" o que se chame, "desde que o resultado seja a cessação de bombardeamentos que estão a provocar vítimas civis".
Notícia atualizada às 01h22