São projetos que abrangem a área social, sustentabilidade verde na cerâmica e o combate ao abandono escolar
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Há três projetos portugueses entre os 25 finalistas dos Prémios Regiostars 2024, um concurso que distingue projetos de excelência financiados pela União Europeia.
São projetos que abrangem a área social, sustentabilidade verde na cerâmica e o combate ao abandono escolar.
Na região de Coimbra, o combate ao abandono escolar envolve 19 municípios, 70 mil profissionais, e tem como publico alvo 40 mil alunos.
Emílio Torrão, presidente da Comunidade Intermunicipal, explica que este projeto que começou a ser desenvolvido desde 2015, a partir de um estudo da Universidade de Coimbra, “visa colmatar uma deficiência do nosso ensino que é o abandono escolar precoce e a taxa de retenção, ou seja, os alunos que não progridem”.
“O Realiza.te é um projeto com muito sucesso na nossa comunidade Intermunicipal”, sublinha.
Emílio Torrão, que também é presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, admite que levar o prémio da União Europeia para Coimbra seria “a cereja no topo do bolo”, mas sublinha que o projeto já está a ser um exemplo de “boas práticas a nível europeu”.
Outro projeto português finalista é o centro de inovação social de Braga, que está integrado na empresa municipal Braga Habit.
O administrador executivo Carlos Videira sublinha a importância dos fundos comunitários: “Nós, que começámos com uma resposta apenas no município de Braga, já vamos nesta segunda candidatura, abranger todo o território da Comunidade Intermunicipal do Cávado, ou seja, co municípios, ou seja, foi um financiamento importante para a nossa região e que eu acredito que também poderá ser replicado noutros contextos, noutros países”.
Já o projeto Ecogrés 4.0, da Grestel - produtos cerâmicos, desenvolvido em parceria com a Universidade de Aveiro, promete uma revolução verde na cerâmica.
O diretor fabril da Ecogrés, Carlos Pinto, afirma que “sem os fundos comunitários não seria possível montar uma fábrica de 14 milhões de euros”.
“Tivemos que construir uma nova unidade industrial, e aqui, sim, uma vez que a sustentabilidade era tão importante, produtos altamente eficientes em termos, não só de consumo de energia, mas também isenção de óleo nos equipamentos, ou seja, torná-los mais elétricos e menos hidráulicos, e recuperação integral da água do processo para voltar a reintroduzir, ou seja, tudo o que vai para a ETAR vai separado, e tudo o que é vidrado e das pastas, reintegramos essa água no processo”, disse.
Este diretor fabril considera que não há outro caminho para a industria senão o de oferecer produtos de boa qualidade e com uma pegada ecológica baixa.
“Felizmente”, acrescentou Carlos Pinto, “já clientes que exigem às empresas sustentabilidade”.
A concurso foram mais de 260 projetos e os vencedores serão anunciados esta quarta-feira ao final da tarde.