O Tribunal Constitucional da Tailândia considera que Yingluck Shinawatra violou a Constituição do País abusando da sua posição na nomeação de um alto funcionário.
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Os magistrados decidiram que a nomeação do Secretário-Geral do Conselho de Segurança Nacional, Thawil Pliensri, em 2011, foi «inconstitucional» por ter sido tomada para favorecer a promoção de familiares e filiados ao partido do Governo.
Yingluck Shinawatra é a irmã mais nova do antigo chefe do Governo Thaksin Shinawatra, no exílio, depois de ter sido deposto num golpe militar em 2006, ter sido acusado, julgado e condenado à revelia por abuso de poder e corrupção.
Shinawatra, contestada por um movimento popular há seis meses, «não pode continuar no cargo de primeiro-ministro para tratar os assuntos correntes», declarou o presidente do Tribunal Charoon Intachan, na leitura da decisão, transmitida em direto pela televisão.
O Tribunal destituiu também todos os ministros implicados no caso de transferência de um funcionário, o chefe do Conselho de Segurança tailandês, depois de Yingluck Shinawatra chegar ao poder em 2011. O responsável foi reintegrado no cargo após uma ordem do tribunal administrativo.
Para substituir a primeira-ministra, foi nomedo o ministro do Comércio e vice-primeiro-ministro Niwattumrong Boonsongpaisan.
A Tailândia vive há vários meses numa situação de tensão política com protestos da oposição nas ruas acusando o Executivo de Yingluck de corrupção.