A justiça espanhola aceitou hoje analisar um processo de paternidade contra o rei Juan Carlos apresentado por uma mulher que diz ser sua filha, tornando-se no mais recente escândalo a atingir a monarquia.
Corpo do artigo
Este é o primeiro processo judicial aceite contra Juan Carlos, 77 anos, desde que perdeu a imunidade em junho, quando abdicou do trono a favor do seu filho Filipe.
O tribunal aceitou examinar o processo de paternidade apresentado pela dona de casa belga Ingrid Jeanne Sartiau, tendo no entanto recusado um outro caso apresentado por Alberto Sola Jimenez, um empregado de mesa espanhol que também reclama ser filho de Juan Carlos, revelou hoje uma fonte judicial.
Tanto Ingrid Sartiau como Alberto Sola querem que Juan Carlos reconheça a paternidade, afirmando que os casos com as respetivas mães ocorreram antes mesmo de ele ser coroado rei, em 1975, recorda a Agence France Press (AFP).
Juan Carlos assumiu o trono depois da morte do ditador Francisco Franco, tendo abandonado a chefia do Estado espanhol apenas no passado verão.
Apesar de reclamarem a paternidade há mais de 30 anos, apenas em 2012 Ingrid Sartiau e Alberto Sola avançaram em tribunal com provas de ADN.