Um tribunal de recurso holandês multou, esta quinta-feira, um grupo cultural árabe por discurso odioso, na sequência da publicação de um cartoon na Internet a questionar o Holocausto.
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O tribunal de Arnhem multou o braço holandês da Liga Árabe Europeia ao pagamento de 2500 euros, deixando sem efeito uma condenação feita por um tribunal de uma instância anterior.
O cartoon mostra dois homens aparentemente judeus a contar uma pilha de esqueletos, enquanto se perguntam se podem também contar os não judeus para aumentar o número de mortos do Holocausto.
O tribunal considerou que o cartoon «é insultuoso para um grupo de pessoas, os judeus, por causa da sua raça».
Em Abril, o tribunal de Utrecht considerou que a publicação estava dentro dos limites da liberdade de expressão.
Em 2005, a publicação de 12 cartoons do profeta Maomé no jornal dinamarquês Jyllands-Posten levantou grande polémica. As representações visuais do profeta podem ser consideradas insultuosas no mundo islâmico, onde são proibidas.
Alguns governos islâmicos insurgiram-se contra o governo dinamarquês, exigindo uma reacção. Algumas embaixadas na Dinamarca chegaram mesmo a encerrar como sinal de protesto.
No entanto, o governo dinamarquês recusou comentar o episódio, afirmando que não interfere com os meios de comunicação social. Esta atitude de defesa da liberdade de expressão e de imprensa foi apoiada por várias associações no mundo ocidental.