Tribunal turco acusa três pessoas de homicídio involuntário por morte de 301 mineiros
As autoridades turcas adiantaram ainda que, para além destas destas três pessoas, há seis que saíram em liberdade, mas que poderão vir ainda a ser acusadas, enquanto que outras 16 estão ainda a ser ouvidas.
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Um tribunal turco acusou, este domingo, três pessoas de homicídio involuntário na sequência da maior catástrofe mineira da história da Turquia, que provocou a morte de 301 pessoas.
O procurador de Soma, cidade onde uma explosão numa mina provocou um incêndio numa altura em que 700 mineiros estavam debaixo da terra, adiantou ainda que entre as 25 pessoas detidas está o responsável da sociedade que detém a mina.
Das restantes 22 pessoas, seis saíram em liberdade, muito embora possam vir ainda a ser acusadas no futuro, ao passo que 16 continuam a ser ouvidas.
Estas declarações de Bekhir Sahiner foram feitas um dia depois de terminadas as operações de salvamento com a recuperação dos últimos dois corpos que estavam no interior desta mina.
Os procuradores excluíram, entretanto, a possibilidade de defeito no sistema elétrico como causa da explosão nesta mina localizada no oeste da Turquia.
A Soma Komur, que detém a mina, rejeitou todas as acusações de negligências lançadas pela justiça turca.
Contudo, um relatório preliminar a que o jornal Milliyet teve acesso aponta, para várias violações às regras de segurança da mina, incluindo um número insuficiente de detetores de monóxido de carbono e tetos feitos em madeira em vez de metal.