Trinta e duas pessoas próximas do ex-dirigente líbio Muammar Kadhafi, entre as quais um dos seus filhos, Saadi, entraram no Níger desde 2 de Setembro, afirmou o primeiro-ministro, Brigi Rafini.
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«Trata-se de 32 pessoas no total que temos no país, entre as quais um dos filhos do guia líbio, Saadi, e também três generais», indicou Rafini, falando a diplomatas estrangeiros acreditados em Niamey.
Aquelas pessoas entraram em quatro grupos e foram «recebidas» no Níger por «razões humanitárias», sublinhou.
O último grupo que incluía Saadi e oito outros próximos de Kadhafi foi «interceptado» domingo no norte do Níger pelas Forças de Defesa e Segurança, disse Rafini, de acordo com declarações divulgadas pela rádio pública.
«Que tenhamos conhecimento, entre as 32 pessoas no Níger, nenhuma é objecto de um mandado de detenção ou acusação das instâncias (judiciais) internacionais», assegurou o chefe de governo.
O Níger, que reconheceu o Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, assegurou que respeitará os seus compromissos com a justiça internacional em relação aos pró-Kadhafi procurados e que se encontrem no seu território.
Segundo Niamey, os três generais líbios que se encontram no país são Al-Rifi Ali Al-Sharif, chefe da força aérea líbia antes da queda do regime, Ali Khana, guarda-costas de Kadhafi e chefe das forças líbias de Obari, no sul da Líbia, e Mahammed Abydalkarem, do comando da região militar de Murzuk, no extremo sul do país.
Mansur Daw, chefe das brigadas de segurança de Kadhafi, também está no Níger desde 4 de Setembro.