O Presidente dos Estados Unidos anunciou no Twitter um acordo com o México e suspendeu a entrada em vigor das taxas alfandegárias.
Corpo do artigo
O Presidente dos Estados Unidos anunciou um acordo com o México e suspendeu as taxas alfandegárias que entrariam em vigor na segunda-feira, após chegar a acordo com o país vizinho relativamente ao fluxo migratório.
"Tenho o prazer de informar que os Estados Unidos da América chegaram a um acordo com o México", anunciou Donald Trump, na rede social Twitter, sublinhando que "as tarifas programadas para entrar em vigor na segunda-feira contra o México estão suspensas indefinidamente, e que o México, em troca, concordou tomar medidas rigorosas para conter a maré migratória através do México em direção à fronteira sul".
I am pleased to inform you that The United States of America has reached a signed agreement with Mexico. The Tariffs scheduled to be implemented by the U.S. on Monday, against Mexico, are hereby indefinitely suspended. Mexico, in turn, has agreed to take strong measures to....
- Donald J. Trump (@realDonaldTrump) June 8, 2019
O objetivo das negociações era "reduzir ou eliminar a imigração ilegal proveniente do México para os Estados Unidos", acrescentou.
Representantes do México e dos EUA mantiveram, na sexta-feira, um terceiro dia consecutivo de negociações, com o Departamento de Estado a procurar um acordo para satisfazer as exigências de Trump de o México aumentar acentuadamente os seus esforços de reduzir estes fluxos migratórios.
Se as duas partes não tivessem chegado a um acordo, as tarifas entrariam em vigor na segunda-feira, afetando todas as importações mexicanas, com taxas que começariam em 05%, subindo a cada mês até atingir 25% em outubro.
A maioria dos migrantes que cruzam o México com destino aos Estados Unidos foge das condições de violência e de falta de oportunidades económicas em El Salvador, Honduras e Guatemala.
Atualmente, os Estados Unidos são o principal parceiro comercial do México, um país que exportou produtos no valor de 328 mil milhões de dólares (cerca de 300 mil milhões de euros) entre janeiro e novembro de 2018 para os EUA, representando quase 80% do total das vendas externas, sobretudo no setor automóvel e da alimentação.