Restrições à entrada de alguns muçulmanos, ordem para construir o muro e dois oleodutos, o princípio do fim do Obamacare e os jornalistas como "a oposição". Só passou uma semana na presidência Trump.
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Donald Trump diz que está a agir com "rapidez e inteligência" e promete manter o ritmo.
Em pouco mais de uma semana, o presidente norte-americano puxou pela caneta para assinar mais de uma dezena de decretos.
Logo no dia da posse decretou o princípio do fim do Obamacare, o programa de seguros de saúde desenhado pelo anterior presidente, sem que exista ainda o esboço de uma alternativa.
Nos dias seguintes, Trump assinou a retirada dos Estados Unidos do Tratado TransPacífico (TTP) e proibiu o financiamento público a organizações internacionais pró-aborto.
A meio da semana, formalizou uma das promessas emblemáticas ao autorizar a construção de um muro entre os Estados Unidos e o México.
Donald Trump cancelou ainda os fundos para as chamadas cidades-santuário que não cooperam com a agência do governo responsável pela deportação de ilegais.
E, a fechar a semana, assinou a medida até agora mais polémica e que transformou os aeroportos em locais de protesto, depois das restrições à entrada de cidadãos vindos de sete países de maioria muçulmana.(Irão, Iraque, Síria, Sudão, Iémen, Líbia e Somália).
Ao longo da semana, o gabinete Trump deixou claro que considera os jornalistas como "a oposição".
Primeiro houve um "puxão de orelhas" por causa das noticias sobre a assistência à cerimonia de posse. Adiante registou-se uma espécie de recuo para lançar a expressão "factos alternativos", houve a ideia de retirar os jornalistas da Casa Branca, culminando na tirada de Steve Bannon - o estratega de Trump que aconselhou os jornalistas a "manter a boca calada e ouvir".