A poucas horas do início do segundo debate com Hillary, o candidato republicano volta a atacar, mas desta, vez o alvo são alguns dos membros da direção do partido Republicano.
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É no Twitter que Donald Trump tem reagido aos estilhaços criados pelo polémico vídeo publicado na passada sexta-feira.
Primeiro começou por dizer que continua a sentir um "apoio tremendo". Trump agradece, mas sublinha, que esse apoio não vem de "alguma liderança republicana".
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Depois do ataque aos líderes republicanos que manifestaram publicamente que deixaram de o apoiar, Trump virou-se para a adversária. Em concreto, para o marido de Hillary Trump, que em vídeo é acusado de ter violado uma mulher.
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O magnata é um sério utilizador do Twitter. Grande parte das publicações na sua conta oficial saem diretamente dos dedos de Donald Trump que continua a malhar em alguns dos membros do seu partido. "Hipócritas", chama-lhes o candidato, que avisa ainda que as suas próprias candidaturas vão falhar.
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Esta noite, os dois principais nomes na corrida à Casa Branca, Hillary Clinton e Donald Trump, encontram-se às duas da manhã (hora de Lisboa) para o segundo debate eleitoral, um frente-a-frente que incluirá perguntas da audiência e será transmitido em salas de cinema.
O debate de 90 minutos vai ser realizado na Universidade de Washington em Saint Louis, no estado do Missouri, centro dos Estados Unidos.
O frente-a-frente será moderado por dois jornalistas -- Anderson Cooper (um dos repórteres mais mediáticos do canal de informação CNN) e Martha Raddatz (correspondente internacional da ABC News) -- e vai incluir perguntas de cidadãos que vão estar assistir na plateia, segundo informações divulgadas pela Comissão de Debates Presidenciais dos Estados Unidos, o organismo independente que organiza os debates.
Este segundo embate presidencial acontece depois de uma semana particularmente difícil para a campanha do candidato republicano Donald Trump, que foi confrontada, entre outros assuntos, com uma investigação jornalística do The New York Time que dava conta de que o empresário teria evitado, de forma legal, pagar impostos durante pelo menos 18 anos ao declarar perdas de 916 milhões de dólares (cerca de 814 milhões de euros) em 1995.
Na opinião de analistas e dos seus próprios aliados, Trump está obrigado a impor-se neste segundo frente-a-frente se quer manter as hipóteses de ser eleito para a Casa Branca nas eleições de 08 de novembro.
No primeiro debate eleitoral, realizado a 26 de setembro em Nova Iorque, a candidata democrata Hillary Clinton dominou e saiu vencedora, segundo as sondagens divulgadas logo após o frente-a-frente.
Na véspera do debate de Saint Louis, Hillary Clinton também surgia na liderança nas sondagens nacionais. Por exemplo, uma das sondagens dava uma vantagem de seis pontos percentuais à candidata do Partido Democrata.
O primeiro frente-a-frente entre Trump e Clinton foi acompanhado por 84 milhões de telespetadores norte-americanos, o mais visto de sempre.
A par da transmissão em direto nas televisões, o debate de hoje vai ser transmitido em cerca de 200 salas de cinema espalhadas por todo o país, do Alasca ao Texas, informou na sexta-feira a distribuidora Regal Cinemas.
O terceiro e último debate entre os candidatos presidenciais está agendado para 19 de outubro em Las Vegas, no estado de Nevada.