A recusa de Trump está a ser associada à conversa captada entre líderes de diversos países, em que terão gozado com a duração da conferência de abertura do presidente norte-americano.
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O Presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou esta quarta-feira que não dará qualquer conferência de imprensa no final da cimeira da NATO e das reuniões bilaterais que manteve durante a sua visita a Londres.
A hipótese de Trump abdicar da tradicional conferência de Imprensa já tinha sido por ele avançada após uma reunião com a chanceler alemã, Angela Merkel, mas foi de seguida confirmada através da sua conta pessoal na rede social Twitter.
....When today"s meetings are over, I will be heading back to Washington. We won"t be doing a press conference at the close of NATO because we did so many over the past two days. Safe travels to all!
- Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 4 de dezembro de 2019
"Não vamos fazer a conferência de Imprensa no final da (cimeira da) NATO, porque já as demos muitas vezes nos últimos dois dias", escreveu o Presidente norte-americano no Twitter.
O cancelamento está a ser associado ao facto de uma estação televisiva canadiana ter captado o som de uma conversa informal de Justin Trudeau com outros líderes - incluindo o Presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson - em que o primeiro-ministro do Canadá criticava a duração "muito longa" da conferência de Imprensa de Trump no arranque da cimeira, durante uma receção.
Após ter tido conhecimento deste episódio, Trump comentou aos jornalistas que Justin Trudeau é um hipócrita, "tem duas caras, é bom tipo? mas é assim que ele é".
Na conversa que provocou este episódio, durante uma receção oferecida pela rainha de Isabel II aos líderes dos 29 países da NATO, pode ouvir-se Trudeau dizer que os próprios assessores de Trump ficaram "de queixo caído", quando perceberam que ao final de "mais de 40 minutos" o Presidente norte-americano ainda não tinha terminado a sua conferência de imprensa.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que estava presente na conversa com Trudeau, já desvalorizou este episódio, dizendo tratar-se de um "disparate".