Presidente norte-americano diz que "gastou oito biliões de dólares (quase oito biliões de euros) a lutar e a policiar" os conflitos no Médio Oriente.
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O Governo dos Estados Unidos anunciou no domingo que não iria obstaculizar uma operação turca contra as milícias curdas, no norte da Síria, dizendo que retiraria o seu contingente militar de várias zonas deste país, numa decisão muito contestada dentro e fora dos EUA.
Esta quarta-feira, na sua conta pessoal da rede social Twitter, Trump disse que os Estados Unidos nunca deveriam ter-se envolvido em conflitos no Médio Oriente, onde "gastou oito biliões de dólares (quase oito biliões de euros) a lutar e a policiar".
"Milhares dos nossos grandes soldados morreram ou ficaram gravemente feridos. Milhões de pessoas morreram, do outro lado. Envolvermo-nos no Médio Oriente foi a pior decisão já tomada na história do nosso país", escreveu Donald Trump.
....IN THE HISTORY OF OUR COUNTRY! We went to war under a false & now disproven premise, WEAPONS OF MASS DESTRUCTION. There were NONE! Now we are slowly & carefully bringing our great soldiers & military home. Our focus is on the BIG PICTURE! THE USA IS GREATER THAN EVER BEFORE!
- Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 9 de outubro de 2019
O Presidente norte-americano criticou ainda a intervenção militar no Iraque, no início deste século, dizendo que o seu país foi para a guerra "sob uma premissa falsa e desmentida, as armas de destruição massiva". Sobre a remoção da presença militar na Síria, anunciada no passado domingo, Donald Trump disse que a "Turquia deve tomar conta dos combatentes do Estado Islâmico detidos", referindo-se aos cerca de 12 mil prisioneiros do grupo jihadista sob controlo das milícias curdas.
"As intermináveis guerras estúpidas devem terminar, para nós", concluiu o Presidente dos EUA, que aceitou não se envolver e numa incursão militar da Turquia no norte da Síria, durante um telefonema com o Presidente turco, Recep Erdogan.
A decisão de Washington foi lida como um sinal verde para a ofensiva turca contra os curdos, que suscitou imediata reação da comunidade internacional, bem como de ambos os partidos norte-americanos, criticando a forma como Trump deixou desamparadas as milícias curdas, que lutaram ao lado do exército norte-americano contra o Estado Islâmico.
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