Trump e Xi Jinping tiveram uma "longa conversa" e acordo comercial está a evoluir
Presidente norte-americano revelou que teve uma conversa telefónica com Xi Jinping e Presidente chinês já veio confirmar.
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Donald Trump garantiu que as negociações entre os Estados Unidos e a China, para chegar a um acordo comercial, estão a evoluir positivamente.
Através do Twitter, o Presidente norte-americano anunciou que teve uma conversa longa e produtiva com Xi Jinping e que caso se chegue a um acordo este será bastante abrangente.
Just had a long and very good call with President Xi of China. Deal is moving along very well. If made, it will be very comprehensive, covering all subjects, areas and points of dispute. Big progress being made!
- Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 29 de dezembro de 2018
Após a revelação nas redes sociais, o Presidente chinês confirmou a conversa com Donald Trump e, de acordo com a agência noticiosa chinesa, considerou-a positiva.
Xi Jinping espera que as equipas negociais possam encontrar-se a meio caminho, em breve, para que se alcance um acordo benéfico para ambos.
As relações bilaterais entre as duas maiores potências económicas mundiais têm tido altos e baixos, com o ano de 2018 a ser marcado por uma guerra comercial e tarifária.
Donald Trump assumiu uma postura de combate ao que diz ser a política comercial mercantilista da China, impondo taxas alfandegárias sobre quase metade dos bens chineses importados pelos Estados Unidos, que acusam a China de roubo de propriedade intelectual e de forçar empresas estrangeiras a transferirem tecnologia, enquanto protege as firmas domésticas da concorrência externa, com subsídios sem precedentes para empresas estatais e entraves à entrada de produtos e serviços externos no seu gigantesco mercado.
A China avisou que não vai subjugar-se aos Estados Unidos, mesmo que Washington imponha mais taxas alfandegárias sobre bens chineses. Xi Jiping garantiu que Pequim não quer uma guerra comercial, mas vai continuar a defender o sistema global de comércio livre que sustentou a ascensão da China nos últimos 25 anos, transformando-a na segunda maior economia do mundo, depois dos EUA.
Em inícios de dezembro, durante a cimeira do G20, na Argentina, os dois países selaram uma trégua de 90 dias, entre 01 de dezembro e 01 de março, que suspende as taxas alfandegárias dos Estados Unidos sobre os produtos chineses e as sobretaxas impostas pela China a viaturas e peças automobilísticas fabricadas nos Estados Unidos. Pequim comprometeu-se ainda com a retoma da compra de soja aos Estados Unidos e com a apresentação de um projeto de lei para proibir a transferência forçada de tecnologia.
Segundo a agência financeira Bloomberg, uma delegação norte-americana, liderada pelo representante adjunto para o Comércio, Jeffrey Gerrish, vai deslocar-se a Pequim na segunda semana de janeiro, para prosseguir com as negociações.