O Presidente norte-americano disse hoje numa visita à CIA que tem o seu total apoio, após ter publicamente rejeitado a conclusão da instituição de que a Rússia o ajudou a vencer as eleições.
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"Estou 1000% convosco (...) Adoro-vos, respeito-vos", disse Donald Trump, tentando emendar a mão num breve discurso proferido perante o pessoal da célebre agência de serviços secretos, depois de visitar a sua sede, em Langley, no estado da Virginia.
"Ninguém é tão ligado à comunidade dos serviços de informações e à CIA como Donald Trump", acrescentou, falando de si mesmo.
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No discurso, feito um dia após a sua tomada de posse, o 45.º Presidente dos Estados Unidos frisou, referindo-se em particular à luta contra o grupo Estado Islâmico (EI): "Estamos no mesmo comprimento de onda, vamos fazer coisas fantásticas". "Não utilizámos o verdadeiro potencial de que dispomos. Vamos ver-nos livres do EI, não há outra opção", insistiu.
Falando da "guerra" que tem travado contra a comunicação social, o novo chefe de Estado norte-americano disse que os jornalistas são "dos seres humanos mais desonestos à face da Terra".
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Mike Pompeo, escolhido por Trump para dirigir a prestigiada agência, ainda não foi confirmado no cargo pelo Congresso. Com 52 anos, este congressista republicano, um feroz adversário do Irão dos 'mullah', foi um opositor determinado e incisivo do Governo de Obama.
O diretor cessante da agência, John Brenann, aconselhou há uma semana o novo Presidente a "disciplinar-se", em nome da segurança dos Estados Unidos. "Trump tem de perceber que o que está em causa ultrapassa a sua pessoa, trata-se dos Estados Unidos e da segurança nacional. Ele vai ter oportunidade de passar à ação, em vez de falar e 'tweetar'", disse Brennan.
Trump reagiu explosivamente à publicação na imprensa de documentos cuja autenticidade não estava confirmada, segundo os quais os serviços secretos russos dispunham de informações comprometedoras sobre ele.
O multimilionário considerou particularmente "escandaloso que as agências de serviços secretos tenham permitido [a divulgação de] uma informação que se revelou estar errada", acrescentando, no Twitter, que esse "era o tipo de coisas que a Alemanha nazi fazia" -- uma comparação com a qual Brennan se disse "revoltado".