Desde 2011 cerca de 300 espécies japonesas percorreram mais de 7 mil e 700 quilómetros até à Costa da América do Norte.
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Ao todo, mais de um milhão de criaturas andaram à deriva a viajar à boleia dos destroços provocados pelo Tsunami que atingiu o Japão. Uma equipa de biólogos norte-americanos estudou o fenómeno.
James Carlton, professor de ciência marinha na Universidade Williams, no Massachussets reconhece que o estudo começou por mero acaso. Os biólogos ficaram surpreendidos quando os primeiros destroços chegaram à costa americana em 2012.
John Chapman, outros dos autores do estudo, também não se esquece que foi 451 dias depois do tsunami que descobriram que organismos vivos estavam a chegar ao norte da América à boleia dos destroços. Este biólogo, professor na Universidade estatal do Oregon, explica que foi quando souberam que aquilo em que acreditaram durante décadas estava errado.
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Normalmente os organismos viajam nos cascos de barcos e acabam por chegar relativamente depressa ao destino. John Chapman explica que estas espécies andaram à deriva durante anos e daí o caráter inédito da investigação.
Nestes seis anos de estudo foram encontradas esponjas, anémonas, caranguejos, mexilhões, moluscos e crustáceos. No inicio vinham na madeira de casas, portos e outros objetos levados para o mar com o Tsunami, mas ultimamente têm chegado à boleia de lixo porque o plástico não se decompõe.
A primeira fase do estudo está feita mas os biólogos querem agora saber se estas espécies vão ter algum impacto no ecossistema local.