260 turistas portugueses em Cayo Coco vão ser levados para Varadero, em Cuba. Os restantes, em Cayo Levantado e Samaná, turistas da Soltour, serão transportados para Punta Cana.
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Os turistas portugueses que estavam em Cayo Coco vão ser transferidos por uma questão de prevenção, por causa do furacão Irma, revelou o secretário de Estado das Comunidades. "Hoje, mal amanheça, as autoridades militares cubanas irão transportar portugueses que estavam numa ilha, Cayo Coco, para o centro de Cuba", contou José Luís Carneiro.
Contactado pela TSF, Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagens, disse que são 260 os turistas afetados por esta medida. "Cayo Coco liga-se à ilha de Cuba por uma estrada de 19 quilómetros que não se sabe se ficará ou não impraticável", explicou.
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A operadora turística Soltour confirmou também à TSF que os turistas a seu cargo, em Cayo Levantado e Samaná, na República Dominicana, vão ser levados para Punta Cana.
As autoridades cubanas já tinham começado a retirada de mais de 36 mil turistas estrangeiros atualmente de férias na costa norte oriental e central, a mais ameaçada pelo furacão Irma, cujos efeitos se devem começar a sentir na ilha na sexta-feira, seguindo depois para o estado norte-americano da Florida.
De acordo com o secretário de Estado das Comunidades, as autoridades portuguesas foram contactadas na quarta-feira à noite por quatro cidadãos portugueses que disseram não ter conseguido contactar familiares seus que se encontram em S. Bartolomeu.
José Luís Carneiro salientou a destruição provocada nas ilhas de São Bartolomeu e Martinica pelo furacão, que regista ventos de 295 quilómetros por hora e se mantém como ciclone de categoria 5, a máxima na escala Saffir-Simpson.
"A comunicação e eletricidade naquela região falhou, pelo que as comunicações estão mais dificultadas", afirmou. De acordo com os dados dos serviços consulares, estão domiciliados na região 250 portugueses em São Bartolomeu e mais 50 em Martinica.
O responsável explicou que as autoridades portuguesas conseguiram "acionar a cooperação com o gabinete de crise dos serviços franceses e articular resposta com a representação consular da Suécia naquela região" e desde quarta-feira estão também a trabalhar em conjunto com o gabinete de resposta de emergência da União Europeia.
De acordo com o governante, a Secretaria de Estado da Defesa tem o adido militar em Washington a "preparar e acautelar todos os eventuais efeitos que possam ser produzidos [pela tempestade] na Florida, em Miami, onde há milhares de portugueses".
O furacão Irma atingiu as Caraíbas e deixou a ilha de Barbuda totalmente devastada e 95% da parte francesa de Saint-Martin, nas Antilhas Pequenas, destruída, segundo informações oficiais divulgadas na noite de quarta-feira.
Também nas Caraíbas, a parte francesa da ilha franco-holandesa Saint-Martin ficou 95% destruída com a passagem do Irma, segundo disse na quarta-feira à noite o presidente do conselho territorial local, Daniel Gibbs.
O furacão deixou hoje para trás a ilha de Porto Rico e ameaça agora o noroeste da República Dominicana com ventos até 290 quilómetros por hora, segundo o Centro Nacional de Furacões de Estados Unidos.
De acordo com o Centro, "o olho do Irma deverá chegar hoje de manhã à República Dominicana, passará mais tarde perto das Ilhas Turcas e Caicos e no sudeste das Bahamas à noite".