Muita contestação nas ruas, um clima de guerra na zona de Besiktas e situações complicadas em Ankara. São relatos que chegam da Turquia, na voz de dois portugueses.
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Depois da retirada da polícia da Praça Taksim, no lado europeu de Istambul, foram muitos os turcos que decidiram sair à rua esta noite.
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Não é possível dizer, nem sequer em números redondos, quantas pessoas protestam hoje na cidade, mas os relatos que chegam dizem que a contestação não pára.
Cerca das 23h00 em Lisboa (01h00) Istambul, a TSF falou com um português que tem acompanhado de perto a situação.
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Alfredo Martins vive no lado asiático de Istambul. Foi a partir de lá que conversou com a jornalista Sandra Pires, uma conversa em que dá conta de um clima de guerra na zona de Besiktas, na margem europeia do rio Bósforo, e de situações complicadas na capital turca e em Izmir, a terceira maior cidade do país.
Um outro português, que não quer ser identificado por razões de segurança, vive na Turquia há 3 anos. Mora atualmente no bairro de Besiktas e está fechado em casa desde sexta-feira à noite.
Em conversa com a jornalista Sandra Pires, descreve uma situação de grande tensão no bairro, entre manifestantes e as forças de segurança, e um mau cheiro insuportável provocado pelo gás pimenta lançado pela polícia.
As pessoas que estão fechadas em casa manifestam-se fazendo barulho com tachos e panelas ou acendendo e apagando as luzes. Os policias reagem lançando gás pimenta contra as habitações.
Este português dá ainda conta do regresso das forças policiais à praça Taksim.
Em Portugal, também se sofre com os confrontos.
Ali Akça é presidente da Associação de Amizade Luso-Turca. Este responsável vê com tristeza o que se passa no país natal e lamenta que isto aconteça numa altura em que a Turquia está a tentar ser mais democrática, a evoluir economicamente, a ser mais ocidental.