Turquia: NATO confirma reunião urgente na terça-feira para debater avião turco abatido por Damasco
A NATO confirmou hoje que o Conselho do Atlântico Norte se vai reunir na terça-feira em Bruxelas a pedido de Ancara, depois de um caça turco ter sido abatido na sexta-feira por Damasco no Mediterrâneo.
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«O Conselho do Atlântico Norte reunir-se-á na terça-feira a pedido da Turquia», indicou a porta-voz da NATO, Oana Lungescu.
«Nós prevemos que a Turquia fará uma apresentação sobre o recente incidente» aos embaixadores dos 27 outros países membros da Aliança Atlântica, precisou a porta-voz.
Uma fonte diplomática turca tinha indicado que Ancara tinha pedido a realização desta reunião urgente da NATO, que se vai realizar na sede da organização em Bruxelas.
Lungescu precisou que a Turquia tinha invocado o artigo 4 do tratado fundador da NATO, que prevê que os países membros possam levar uma questão à atenção do Conselho da Aliança Atlântica e debatê-la com os aliados quando consideram que a integridade territorial, a independência política ou a segurança de uma das partes foi ameaçada.
O chefe da diplomacia turca, Ahmet Davutoglu, afirmou hoje que o avião de combate turco abatido por Damasco estava em espaço aéreo internacional, efetuava desarmado uma missão de reconhecimento e testava um sistema de radar.
O ministro insistiu no facto que o F-4 Phantom turco voava isolado e não tinha «qualquer missão, incluindo a recolha de informações, sobre a Síria».
Contudo, Davutoglu reconheceu que o aparelho entrou momentaneamente no espaço aéreo sírio.
«O aparelho não mostrou qualquer sinal hostil em relação à Síria e foi abatido cerca de 15 minutos depois de ter violado momentaneamente o espaço aéreo sírio», disse.
Davutoglu adiantou que os radares turcos pediram aos dois pilotos do aparelho para deixarem o espaço sírio, mas que não foi feita qualquer advertência pela Síria.
«Os sírios sabiam bem que se tratava de um avião militar turco e a natureza da missão» deste, adiantou.