O país foi abalado sexta-feira à noite por uma tentativa de golpe de Estado levada a cabo por elementos do Exército, que acabou por falhar.
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A tentativa acabou por ser abortada pelas tropas leais ao Presidente Recep Erdogan, que acabou também por indicar que a "traição" dos golpistas constituiu uma "dádiva de Deus" e que vai permitir "limpar o Exército", com a agência noticiosa pró-governamental Anadolu a dar conta de que foram já detidos 1.563 militares revoltosos.
O Presidente turco, que se encontrava de férias num hotel em Marmaris, estância turística na costa do Mar Egeu e que foi bombardeado esta madrugada pouco depois de ter saído do edifício, culpou pelo golpe de Estado os apoiantes do seu arqui-inimigo, Fethullah Gülen, um imã exilado há anos nos Estados Unidos.
O movimento que apoia Gülen (Hizmet) já condenou o golpe, num comunicado em que sublinha que "há mais de 40 anos que Fethullah Gulen e o Hizmet têm defendido e demonstraram o seu compromisso com a paz e a democracia".
Cerca de quatro horas depois das primeiras informações, os Serviços de Inteligência Turca (MIT) anunciaram que a tentativa de golpe de Estado fracassou.
A tentativa de golpe de Estado foi já condenada por várias das principais organizações internacionais, como a União Europeia (UE) e a NATO, bem como pelos Estados Unidos, Rússia, França, Irão e Grécia, que apelaram à calma e ao regresso à normalidade constitucional.