A presidência da Ucrânia alcançou um acordo preliminar com a delegação da União Europeia que está em Kiev. A televisão ucraniana diz que o acordo prevê a antecipação das eleições presidenciais e mudanças na Constituição.
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Eram, de resto, dois pontos que já se sabia que seriam discutidos na reunião entre Viktor Ianukovitch, a oposição e os ministros dos negócios estrangeiros da França, Alemanha e Polónia.
Sabe-se que as negociações foram muito difíceis. Foi o que deixaram escapar fontes diplomáticas, durante a madrugada. As conversas entraram noite dentro, terminaram por volta das 05:30 e pouco depois, a presidência ucraniana anunciou um acordo preliminar, na página oficial na Internet.
Outra proposta era a criação de um governo de unidade nacional, nos próximos dez dias, mas quando a este ponto, não há qualquer informação.
O chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius, ouvido pela rádio Europe 1, avisa que é preciso cautela. É um acordo condicional, porque a oposição ainda quer ouvir alguns dirigentes antes de uma decisão final.
Laurent Fabius adianta que todos os temas foram discutidos durante o encontro, mas o ambiente é extremamente dificil, à beira de uma guerra civil e, por isso, todos concordaram que nada será definitivo antes do final da manhã.
A assinatura do acordo está prevista para as 10:00, 12:00 em Kiev.
Durante a noite, o vice-presidente dos Estados Unidos juntou-se ao coro de vozes a pressionarem a Ucrânia. Joe Biden disse estar escandalizado com a ação das forças policiais em Kiev e avisou Viktor Ianukovitch que Washington avançaria com sanções, se a violência não acabasse imediatamente.
O ministério da saúde atualizou, entretanto, o balanço de vitimas: 77 mortos e quase 580 feridos, nos últimos dois dias.