O embaixador russo na ONU, Vitali Tchourkine, afirmou hoje que, ao solicitar o envio de um contingente de manutenção da paz, o Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, parece estar a «destruir os acordos de Minsk».
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«Quando alguém, em vez de fazer aquilo que acordou fazer, promove um novo esquema, de seguida, levanta a suspeita de que defende a destruição dos acordos de Minsk», disse o diplomata, citado pela agência noticiosa russa RIA Novosti.
Na quarta-feira, o Presidente ucraniano anunciou que Kiev vai pedir o envio de um contingente de manutenção da paz mandatado pelas Nações Unidas na zona de guerra do leste rebelde pró-russo.
«Estes acordos acabaram de ser concluídos (...). Se propuseram, de seguida, outros esquemas, a questão que se coloca é a de saber se vai ou não ser respeitado», frisou.
O Conselho de Defesa e Segurança da Ucrânia aprovou na noite de quarta-feira a proposta do Presidente para a entrada no país de uma missão de manutenção de paz da ONU, para impor o acordo de cessar-fogo, o qual foi quebrado no leste da Ucrânia, após Debaltseve, cidade ferroviária estratégica ter caído nas mãos dos rebeldes pró-russos.
O chefe de Estado da Ucrânia disse esperar que as consultas para a constituição da força comecem rapidamente.
No terreno, o cessar-fogo parece intermitente. Nas últimas 24 horas foram mortos 14 soldados ucranianos e outros 173 ficaram feridos, de acordo com uma fonte militar de Kiev, citada pela agência Reuters.
O conflito na Ucrânia teve início em abril de 2014 e já provocou quase 6.000 mortes.