Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia pediu também, esta quarta-feira, aos cidadãos nacionais para abandonarem a Rússia rapidamente, devido ao risco de ofensiva militar por parte de Moscovo.
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O Conselho de Defesa e Segurança Nacional da Ucrânia recomendou, esta quarta-feira, a adoção do estado de emergência no pais.
A intenção chegou pelo secretário do conselho ucraniano, Alexei Danilov, que afirmou que a Ucrânia se está a preparar para decretar o estado de emergência em todo o país.
O plano desenhado pelo conselho tem agora de ser formalmente aprovado pelo parlamento ucraniano, que esta manhã também aprovou um projeto de lei que dá luz verde ao uso de armas de fogo por civis em legítima defesa.
São "medidas preventivas para manter a calma no país, para que a economia continue a funcionar", acrescentou o responsável, assegurando, no entanto, que tais medidas "não terão um impacto radical na vida quotidiana" dos ucranianos.
"Estamos prontos para tudo", garantiu o responsável.
A Ucrânia já tinha anunciado esta quarta-feira a mobilização de militares na reserva, dos 18 aos 60 anos, e apelado aos seus cidadãos para saírem da Rússia, país que Kiev e o Ocidente acusam de estar a preparar uma ofensiva em grande escala em direção ao território ucraniano.
"Temos de reagir aos acontecimentos dos últimos dois ou três dias na Rússia", defendeu Danilov.
Em reação, vários países, como os Estados Unidos e o Reino Unido, e organizações, nomeadamente a União Europeia (UE), já anunciaram sanções económicas contra Moscovo, que tem negado qualquer intenção bélica em relação a Kiev.
As regiões de Luhansk e Donetsk ficariam de fora porque a medida em ambos os locais já se encontra em vigor desde 2014. Os separatistas pró-russos controlaram e reconheceram ambas as regiões como independentes e, durante esta semana, aprovaram o uso das suas tropas.
Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia pediu também, esta quarta-feira, aos cidadãos nacionais para abandonarem a Rússia rapidamente, devido ao risco de ofensiva militar por parte de Moscovo.
"O Ministério recomenda aos cidadãos ucranianos para se absterem de todas as viagens à Rússia e aqueles que já lá estão devem deixar o território (russo) imediatamente", indicou a diplomacia de Kiev em comunicado.
Ao mesmo tempo, as Forças Armadas ucranianas anunciaram um plano de mobilização dos militares na reserva, preparando-se para a possibilidade de uma invasão russa. A mobilização envolve os reservistas de 18 a 60 anos por um prazo máximo de um ano, afirmou o exército ucraniano.
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*Notícia atualizada às 13h30