Ucrânia: Putin diz que se reserva o direito de atuar se cidadãos russos forem atingidos
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou hoje que se «reserva o direito de atuar» com todos os meios ao seu alcance, considerando essa atuação «legítima», se a situação se estender às regiões do este da Ucrânia habitadas por russos.
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Numa conferência de imprensa difundida pela televisão oficial, o presidente russo sublinhou que o objetivo é defender os cidadãos.
Vladimir Putin afirmou ainda que a Rússia não considera a anexação da república autónoma da Crimeia ucraniana e negou que as forças russas estejam a cercar as bases militares da Crimeia.
Quem bloqueia as unidades militares ucranianas na Crimeia não são tropas russas, mas sim forças locais de autodefesa, sublinhou.
Vladimir Putin considerou ainda que o presidente deposto ucraniano, Viktor Yanukovych, não tem futuro político, mas reconheceu que legalmente é ainda chefe de Estado.
«Eu acho que ele não tem futuro político. E eu disse-lhe isso», afirmou Putin em declarações transmitidas pela televisão estatal.
Contudo, anteriormente afirmara que Yanukovych continua a ser o «único presidente legítimo da Ucrânia».
A tensão entre a Ucrânia e a Rússia agravou-se na última semana, após a queda do Presidente Viktor Ianukovich, por causa da Crimeia, península do sul do país onde se fala russo e está localizada a frota da Rússia no Mar Negro.
A câmara alta do parlamento russo aprovou no sábado, por unanimidade, um pedido do presidente Vladimir Putin para autorizar «o recurso às forças armadas russas no território da Ucrânia».