Israel aceitou o acordo, com votos contra de três ministros do Partido do Poder Judaico, de extrema-direita, e do ministro da Segurança Nacional. O Hamas saúda a trégua, mas garante que a guerra não terminou.
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A União Europeia saúda o acordo alcançado entre Israel e o Hamas para uma trégua de quatro dias, que prevê a libertação de reféns em Gaza e de prisioneiros palestinianos.
Ursula von der Leyen afirma que a Comissão Europeia "fará tudo o que estiver ao seu alcance para aproveitar esta pausa para uma vaga humanitária em Gaza".
"Cada dia que estas mães e crianças são mantidas reféns por terroristas é um dia a mais. Partilho a alegria das famílias que em breve poderão voltar a abraçar os seus entes queridos. E estou muito grata a todos aqueles que trabalharam incansavelmente através dos canais diplomáticos nas últimas semanas para mediar este acordo", afirmou a presidente da Comissão Europeia, em comunicado partilhado na rede social X.
I wholeheartedly welcome the agreement reached on the release of the 50 hostages and on a pause in hostilities.
- Ursula von der Leyen (@vonderleyen) November 22, 2023
My full statement ↓
Charles Michel agradece ao Qatar e ao Egito que "ajudaram a mediar" o acordo. "O Hamas tem de libertar todos os reféns. É também crucial utilizar esta pausa nas hostilidades para permitir que o máximo de ajuda humanitária chegue aos necessitados", escreveu o presidente do Conselho Europeu numa publicação na rede social X.
I welcome the agreement on the release of women and children held hostage in Gaza.
- Charles Michel (@CharlesMichel) November 22, 2023
Grateful to Qatar and Egypt who helped broker it.
Hamas must release all hostages.
It is also crucial to use this pause in hostilities to allow for maximum humanitarian relief to reach those in...
Também Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, congratula o acordo.
"Isto dá alguma esperança às famílias devastadas em Israel e algum alívio aos palestinianos em Gaza. Este é um momento em que nos podemos apoiar.
Agora, temos de redobrar os esforços para trazer todos os reféns restantes de volta a casa, para intensificar a ajuda humanitária e para utilizar este vislumbre de esperança para encontrar uma solução duradoura e sustentável e uma verdadeira visão de paz que reconstrua o horizonte político", escreveu na rede social X.
I welcome the deal for a humanitarian pause in hostilities in Gaza and the release of a number of hostages brutally taken by Hamas on October 7th.
- Roberta Metsola (@EP_President) November 22, 2023
It gives some hope to devasted families in Israel and some respite to Palestinians in Gaza.
This is a moment we can build upon.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse que estava "extraordinariamente satisfeito" com a possível libertação de reféns sequestrados em Israel por militantes do Hamas em 7 de outubro.
"Estou extraordinariamente satisfeito que muitas destas almas corajosas (...) se reúnam com as suas famílias assim que este acordo for totalmente implementado", disse Biden num comunicado divulgado pela Casa Branca, a presidência dos Estados Unidos da América.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse que estava "extraordinariamente satisfeito" com a possível libertação de reféns sequestrados em Israel por militantes do Hamas em 7 de outubro, no âmbito de um acordo aprovado pelo governo israelita.
"Estou extraordinariamente satisfeito que muitas destas almas corajosas (...) se reúnam com as suas famílias assim que este acordo for totalmente implementado", disse Biden num comunicado divulgado pela Casa Branca, a presidência dos Estados Unidos da América.
O líder norte-americano elogiou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pelo seu "compromisso" com "uma pausa prolongada para garantir que este acordo possa ser plenamente executado e garantir o fornecimento de ajuda humanitária adicional para aliviar o sofrimento das famílias palestinianas inocentes em Gaza".
"É importante que todos os aspetos deste acordo sejam totalmente implementados", alertou Biden.
O Presidente do EUA indicou também que a "maior prioridade" é garantir a segurança dos reféns norte-americanos.
"Desde os primeiros momentos do ataque brutal do Hamas, a minha equipa de segurança nacional e eu temos trabalhado em estreita colaboração com os parceiros regionais (...) Não vou parar até que todos sejam libertados", sublinhou Biden.
Também Moscovo demonstrou satisfação pelo acordo, resultado da mediação do Egito, dos EUA e do Qatar, sublinhando que "isto é exatamente aquilo a que a Rússia apelou desde o início da escalada do conflito".
A Rússia "saúda o acordo entre Israel e o Hamas sobre uma pausa humanitária de quatro dias", disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakarova, citada por agências de notícias do país.