Os países da União Europeia (UE) acertaram os detalhes para um embargo petrolífero ao Irão. O acordo prevê a proibição imediata de novos contratos.
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Os países da UE chegaram hoje a um «acordo de princípio» para impor um embargo petrolífero gradual contra o Irão bem como sancionar o banco central iraniano para travar o financiamento do programa nuclear de Teerão.
O compromisso encontrado prevê uma interdição imediata de qualquer novo contrato no sector petrolífero entre o Irão e qualquer país da UE.
O acordo também prevê uma fase de transição até 1 de Julho para que contratos existentes possam ser anulados.
Debates intensos foram registados entre os países da UE sobre este ponto até ao último momento devido às reticências da Grécia muito dependente das provisões iranianas.
Atenas defendia uma fase de transição com um prazo até um ano.
Está previsto que outros países produtores do Golfo substituam o Irão para manter o aprovisionamento de petróleo a países europeus.
O Irão vende cerca de 20 por cento do petróleo que produz a países da UE, mas o essencial da produção é vendida na Ásia.
A UE e os Estados Unidos esforçam-se paralelamente para convencer os países asiáticos, como a Índia, a reduzir as importações de hidrocarbonetos iranianos.
A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, já explicou que este aumentar das sanções contra o Irão, tem uma mensagem clara: é urgente o regresso à mesa das negociações.
«A pressão das sanções serve para garantir que o Irão nos leva a sério e para que se sinta obrigado a responder ao pedido de negociações», salienta.