A União Europeia exclui, para já, participar numa eventual intervenção militar.
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Após o assassinato de 21 cristãos coptas egípcios na Líbia, a alta representante para a política externa da União Europeia, Federica Mogherini, adiantou, em conferência de imprensa em Madrid, que vai encontrar-se com os responsáveis pelas diplomacias dos Estados Unidos, John Kerry, e do Egito, Sameh Shukry, em Washington, no final da semana.
O objetivo é «definir as possibilidades de ação» sobre a crise líbia, disse.
No domingo, o autodenominado Estado Islâmico, grupo extremista que tem semeado o terror na região, publicou o vídeo da execução de 21 cristãos coptas egípcios, que haviam sido sequestrados na cidade de Sirte, no Norte da Líbia.
Hoje, o Egito retaliou com bombardeamentos aéreos contra posições do autodenominado Estado Islâmico na Líbia.
«Aquilo a que estamos a assistir hoje na Líbia é uma dupla ameaça: de um país que está a colapsar e onde o Estado Islâmico está a infiltrar-se e a tomar o poder», alertou Mogherini.
«De momento, não está em consideração uma contribuição da União Europeia para qualquer tipo de ação militar», fez questão de frisar.
Em discussão - especificou Mogherini, que na terça-feira estará em Portugal - está apenas um eventual «apoio» europeu a uma missão de estabilização sob os auspícios das Nações Unidas e liderada pelo governo líbio.