Serenidade, paz e estabilidade são algumas das palavras usadas por Lula da Silva, num apelo aos deputados federais para que travem a destituição de Dilma Rousseff.
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Num último esforço para evitar que o processo de 'impeachment' da Presidente Dilma Rousseff avance para o Senado, o ex-Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva publicou um vídeo na internet a apelar aos deputados federais.
O antigo presidente sublinha o esforço que o país tem feito para vencer as desigualdades e ser respeitado e pede para que este trabalho não seja desperdiçado.
"Quero falar com vocês, e especialmente com os nossos deputados, sobre o momento histórico que o país está vivendo. Juntos vencemos a fome e começamos a reduzir a desigualdade. Foi preciso muito esforço, muito sacrifício, para o Brasil conquistar respeito e credibilidade diante do mundo",
Segundo Lula da Silva "todo esse esforço pode ser jogado fora por um passo errado, um passo impensado, no próximo domingo. Os deputados têm de pensar com muita serenidade sobre isso".
Num vídeo publicado na internet Lula da Silva afirma que ninguém conseguirá governar o Brasil sem a legitimidade do voto popular.
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"Uma coisa é divergir do governo e outra coisa é embarcar em aventuras, acreditando no canto de sereia dos que se sentam na cadeira antes da hora". Sublinhou que ninguém conseguirá governar um país de 200 milhões de habitantes se não tiver a legitimidade do voto popular.
Lula da Silva afirma que o país precisa de paz, manifesta a convicção de que o processo de destituição será chumbado e diz que a partir de segunda-feira estará ao lado de Dilma Rousseff para governar o Brasil.
No próximo domingo, haverá uma votação no plenário da Câmara que decidirá sobre as denúncias contra a Presidente, acusada de ter cometido crime de responsabilidade por executar manobras fiscais e autorizar despesas, que a ser desfavorável a Dilma Rousseff será encaminhada para o Senado.
Nas últimas semanas, o Governo e o PT têm perdido o apoio de diversos grupos antes considerados aliados, cujos parlamentares anunciaram que vão votar a favor do processo de destituição.
Se aprovado por 342 deputados, de um total de 513 parlamentares que integram a Câmara de Deputados, a denúncia contra a chefe de Estado é encaminhada para o Senado.