Um ano depois, Catalunha recorda vítimas de atentados em ambiente de tensão política
Ataques em Barcelona e Cambrils fizeram 16 mortos e 136 feridos.
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A Catalunha assinala esta sexta-feira o primeiro aniversário dos atentados de Las Ramblas e de Cambrils (Tarragona) com uma homenagem às 16 vítimas mortais em Barcelona.
As vitimas e respetivos familiares estão na primeira linha da cerimónia, mas apesar dos apelos pela despolitização do atos oficiais organizados pela autarquia de Barcelona a luta separatista não foi posta de lado.
A presença de Felipe VI está a provocar especial contestação. Num dos edifícios da praça da Catalunha foi afixada uma grande faixa na qual se lê "o rei de Espanha não é bem-vindo nos países catalães."
Quando o Rei chegou à cerimónia muitos gritaram, contudo, "viva o rei", o que motivou críticas de outros e apupos.
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Os Comités de Defesa da República e a CUP, o partido separatista mais à esquerda vão concentrar-se junto ao monumento a Colon, a 1 km e 200 metros do local onde estará o rei Felipe, o primeiro-ministro Pedro Sanchez, Teresa Cunillera, do governo autónomo catalão, e os ministros do interior e da justiça espanhóis.
Esta manhã, na sede do governo regional da Catalunha, o presidente da Generalitat, Quim Torra, recordou o dia de tristeza, dor e medo há precisamente um ano, para dizer que os catalães são agora mais fortes.
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A Catalunha está disposta a lutar contra "a barbárie e a intolerância porque a democracia vencerá sempre o terror e a barbárie, onde quer que ela aconteça".
A 17 de agosto de 2017, um homem conduziu uma furgoneta contra os turistas que passeavam na avenida mais turística de Barcelona, matando 14 pessoas, entre as quais duas portuguesas. O mesmo suspeito roubou mais tarde um automóvel, matando o homem que o conduzia.
Horas mais tarde, cinco cúmplices lançaram o automóvel em que seguiam contra pessoas que passeavam na cidade balnear de Cambrils (Tarragona), fazendo um morto.
Os seis autores materiais dos ataques, todos filhos de imigrantes marroquinos com entre 17 e 24 anos, foram mortos pela polícia.