Três semanas após o ciclone Idai, em Moçambique ainda há zonas isoladas. O mais recente balanço oficial dá conta de 602 mortos.
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A contagem oficial de mortes provocadas pelo ciclone Idai em Moçambique subiu este sábado para 602 e o número de pessoas afetadas subiu acima de 1,5 milhões, anunciaram as autoridades.
Os dados do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) acrescentam mais quatro vítimas ao balanço de mortes, que permanecia inalterado desde terça-feira. O número de feridos mantém-se em 1.641.
A tabela hoje atualizada eleva para mais de 1,5 milhões o total de pessoas afetadas (1.514.445), um grupo que inclui todas aquelas que necessitam de algum tipo de assistência, que perderam casas ou necessitam de alimentos.
Em várias zonas ainda há populações isoladas. É o caso de Dombe, na província de Manica
A ONG portuguesa Helpo chegou à cidade há quatro dias para dar apoio nutricional às grávidas e às crianças. Ouvida pela TSF, Margarida Lopes conta que apesar de as águas já terem baixado, ainda há zonas onde as equipas de socorro não conseguiram chegar.
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Apesar de estarem várias organizações no terreno, Margarida Lopes explica que a carência de médicos é notória, com 1 médico para 60 mil pessoas no Grande Centro de Saúde de Dombe. A voluntária lembra ainda que dos 18 centros de acomodação só 10 é que estão acessíveis.
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A Helpo vai ficar em Moçambique durante seis meses para dar apoio de nutrição a grávidas e crianças. Margarida Lopes recorda que, atualmente, as pessoas estão com fome, mas os problemas da desnutrição vão prolongar-se por muito mais tempo.
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