Um polícia ferido e pelo menos dois carros incendiados em explosão frente a sinagoga no sul de França
Pelo menos uma botija de gás armazenada num dos dois veículos provocou uma explosão à frente do lugar de culto. Os ataques antissemitas aumentaram 300%
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Dois carros estacionados à frente da sinagoga de La Grande-Motte, no departamento de Hérault, foram incendiados este domingo. A explosão foi provocada por uma botija de gás armazenada num dos dois veículos, tendo ferido um agente da polícia municipal presente no local.
Ao chegarem à sinagoga Beth Yaacov, os bombeiros encontraram duas portas do lugar de culto em chamas.
O antigo deputado do partido Juntos pela Republica, Mathieu Lefèvre, defende que o antissemitismo não é uma simples discriminação e que este ato deve ser condenado firmemente. "Penso que todos os responsáveis públicos devem condenar firmemente este ato, que poderia ter tido consequências muito mais graves do que as que teve hoje. E espero que acordemos, coletivamente: o antissemitismo não é um mal simples, ou uma simples discriminação: é uma discriminação que mata e que pretende semear a divisão no nosso país", defendeu Mathieu Lefèvre.
O presidente da Câmara Municipal de Hérault, François-Xavier Lauch, exprimiu-se através da rede social X e pediu às autoridades para reforçarem a segurança dos judeus que vivem no departamento.
Também o ministro do interior demissionário, Gérald Darmanin, mostrou o seu apoio aos cidadãos judeus e condenou “uma tentativa de incêndio criminosa”, acrescentando que o Presidente da República, Emmanuel Macron, pediu que todos os meios fossem mobilizados para encontrar o autor deste incêndio.
Desde o passado 7 de outubro, dia do ataque do grupo islamita Hamas em Israel, os ataques antissemitas têm aumentado em França. Segundo o primeiro-ministro, Gabriel Attal, foram registados, em França, “366 atos antissemitas” no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 300% relativamente aos primeiros três meses do ano passado.
Notícia atualizada às 11h12
