As manchetes internacionais sobre a guerra na Ucrânia. A ofensiva russa para ocupar Kiev. Os refugiados. A Ambiguidade da posição chinesa.
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"Uma guerra à civilização ocidental". É a manchete da Guardian Weekly com uma bandeira azul e amarela. O escritor e dramaturgo russo Vladimir Sorokin escreve sobre a terrível guerra de Putin contra o Ocidente... Titulo do artigo dentro da revista: "o diabo na Terra"... no artigo lemos: "o objetivo de Putin não é a Ucrânia, mas a civilização ocidental, o ódio pelo qual ele bebeu o leite preto da teta da KGB. Quem é o culpado? Nós. Russos. E teremos que arcar com essa culpa até que o regime de Putin desmorone. Pois certamente acontecerá, e o ataque a uma Ucrânia livre é o começo do fim."
Em França, no Libération, "700.000 refugiados ucranianos: o desgosto". "O pânico tomou conta da estação de comboios de Kiev (Kiev). A calma que reinava há apenas dois dias desapareceu, substituída por esmagamentos, gritos, crianças aos soluços, rostos assustados e famílias que fazem de tudo para não largar as mãos umas das outras".
Na Áustria, o Der Standard, traz em manchete que "Rússia intensifica ataques a Kharkiv e Kiev"... no Die Press: "Putin procura decisão".
No Oslobodjenje, de Sarajevo, na Bósnia, que sabe bem o que é uma guerra: "Mensagens de paz vêm da Bósnia e Herzegovina"... no texto: "Com as bandeiras da Bósnia e Herzegovina, mas também da Ucrânia, faixas de apoio com as inscrições "Resistência", os cidadãos de Sarajevo em protestos pacíficos mostraram determinação em defender os valores".
No espanhol e catalão La Vanguardia, "Rússia reforça a sua feroz ofensiva para ocupar Kíev".
No El País, "Putin dispara sobre alvos civis". A Rússia lançou ontem "ataques mais agressivos à infraestrutura civil e áreas residenciais enquanto um enorme comboio militar se dirigia para Kiev. O exército russo alertou a população de várias áreas da capital para deixarem as suas casas antes de um bombardeamento iminente. Ontem a torre de televisão em Kiev foi atingida, causando cinco mortes. Além disso, uma enorme explosão em Kharkiv atingiu o prédio da administração regional e causou pelo menos sete mortes". Essas manobras, escreve o El País, "são um sinal da mudança na estratégia de Putin, que, encontrando dificuldades na ocupação do país, passou a atacar abertamente áreas civis com armas cada vez mais poderosas. O governo ucraniano de Zelensky pediu a mediação da China, que não deu resposta."
No oficial Global Times da China: China retira cidadãos da Ucrânia conforme o conflito continua. No texto, lá para o quarto ou quinto parágrafo menciona-se a Rússia, mas para citar o que o jornal entende serem as mentiras dos media ocidentais face à posição chinesa. O MNE "Wang Yi, conversou com o ministro das Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, na terça-feira, a convite do lado ucraniano. Durante o telefonema, Wang disse que a China sente pena do confronto crescente entre a Rússia e a Ucrânia e está prestando atenção especial às vítimas civis. A autoridade chinesa também instou a Ucrânia a "tomar todas as medidas necessárias para garantir a segurança dos cidadãos chineses e continuar a prestar assistência durante a evacuação". No entanto, à medida que a operação militar continuava, a AFP informou na terça-feira que "a praça central da segunda cidade da Ucrânia, Kharkiv, foi bombardeada com vítimas civis".
Quando questionado sobre a opinião da China sobre o número de mortos na Ucrânia, Wang Wenbin, porta-voz do MNE da China, disse que "a China lamenta as baixas relatadas e não é uma situação que a China queira ver. A China espera que todas as partes relevantes demonstrem moderação para evitar que a situação se deteriore ainda mais".