
epa07167604 Yemeni pro-government forces patrol at a road during a truce in the port city of Hodeidah, Yemen, 15 November 2018. According to reports, Yemeni pro-government forces backed by the Saudi-led coalition have suspended their offensive on the Houthis-controlled port city of Hodeidah amid international calls to return to dialogue with the Houthi rebels. EPA/STRINGER
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Governo do Iémen, apoiado pela Arábia Saudita, e rebeldes do movimento Houthi abrem a porta ao diálogo para as primeiras conversações de paz desde 2016.
As conversações de paz entre as partes em conflito no Iémen serão retomadas esta quinta-feira na Suécia, após o fracasso das realizadas em Genebra.
De um lado o governo do Iémen, apoiado pela Arábia Saudita, do outro os rebeldes do movimento Houthi, apoiados pelo Irão. Não devem sequer sentar-se à mesma mesa, disse uma fonte das Nações Unidas
à Reuters. As conversações vão ser mediadas pelo enviado especial da ONU para o Iémen, Martin Griffiths.
Em setembro passado, a ONU tentou realizar umas negociações de paz em Genebra, mas só o Governo iemenita é que marcou presença, tendo-se os rebeldes recusado a viajar por falta de garantias de que poderiam regressar ao Iémen.
As últimas conversações de paz em que as partes beligerantes se encontraram foram no Koweit, no verão de 2016, e após o seu final, a delegação Huthi ficou retida durante três meses em Omã, porque a coligação árabe sob comando saudita que controla o espaço aéreo iemenita lhes impediu o regresso a Sanaa.
A guerra no Iémen começou em finais de 2014, quando os Huthis, apoiados pelo Irão, tomaram o controlo da capital, Sanaa, e o conflito generalizou-se em março de 2015, com a intervenção da coligação árabe liderada pela Arábia Saudita.
Este conflito desencadeou a "mais grave crise humanitária atualmente existente em todo o mundo", segundo a ONU.