Governo do Iémen, apoiado pela Arábia Saudita, e rebeldes do movimento Houthi abrem a porta ao diálogo para as primeiras conversações de paz desde 2016.
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As conversações de paz entre as partes em conflito no Iémen serão retomadas esta quinta-feira na Suécia, após o fracasso das realizadas em Genebra.
De um lado o governo do Iémen, apoiado pela Arábia Saudita, do outro os rebeldes do movimento Houthi, apoiados pelo Irão. Não devem sequer sentar-se à mesma mesa, disse uma fonte das Nações Unidas
à Reuters. As conversações vão ser mediadas pelo enviado especial da ONU para o Iémen, Martin Griffiths.
Em setembro passado, a ONU tentou realizar umas negociações de paz em Genebra, mas só o Governo iemenita é que marcou presença, tendo-se os rebeldes recusado a viajar por falta de garantias de que poderiam regressar ao Iémen.
As últimas conversações de paz em que as partes beligerantes se encontraram foram no Koweit, no verão de 2016, e após o seu final, a delegação Huthi ficou retida durante três meses em Omã, porque a coligação árabe sob comando saudita que controla o espaço aéreo iemenita lhes impediu o regresso a Sanaa.
A guerra no Iémen começou em finais de 2014, quando os Huthis, apoiados pelo Irão, tomaram o controlo da capital, Sanaa, e o conflito generalizou-se em março de 2015, com a intervenção da coligação árabe liderada pela Arábia Saudita.
Este conflito desencadeou a "mais grave crise humanitária atualmente existente em todo o mundo", segundo a ONU.