União Africana decidiu aumentar em seis mil o número de homens na missão na República Centro-Africana (MISCA), contra os 3.600 inicialmente previstos, anunciou hoje a presidência francesa no final de uma minicimeira em Paris.
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Nenhuma data foi fixada para o reforço desta força, que conta atualmente com 2.500 homens no local, subequipados e mal treinados.
A França reforçou o contingente no país em 1.600 efetivos, contra 1.200 anunciados pelo presidente francês, François Hollande.
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A União Africana (UA), que mantém presentemente 2.500 homens no país, «decidiu elevar esta força em seis mil efetivos», indicou o palácio do Eliseu, sede da Presidência francesa, depois do encontro organizado, na sequência da cimeira para a Paz e Segurança em África, que juntou cerca de 40 dirigentes africanos, em Paris.
Nesta minicimeira, na qual participou o primeiro-ministro interino centro-africano, Nicolas Tiangaye, «as autoridades centro-africanas foram desafiadas a aplicar de imediato um processo de desarmamento e de acantonamento das milícias e a trabalhar para uma transição política que deve resultar, o mais rapidamente possível, na realização de eleições», de acordo com o comunicado do Eliseu.
Os chefes de Estado presentes - Chade, República do Congo, Camarões Burundi, República Democrática do Congo, Uganda e Sudão do Sul - «concordaram também com a necessidade de acalmar as tensões entre comunidades religiosas, comprometendo-se a trabalhar neste sentido, e pediram à comunidade internacional para mobilizar os meios necessários para responder a esta situação».
Ao mesmo tempo que saudaram «a ajuda importante» já concedida pelos Estados Unidos e União Europeia, pediram a realização rápida de uma conferência de doadores para «responder à urgência humanitária e garantir o funcionamento do Estado centro-africano».
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, o Comissário para a Paz e Segurança da UA e ministros de vários países africanos também assistiram ao encontro.