20 mil refugiados, 50 milhões de euros. A Comissão Europeia apresentou hoje a "Agenda Europeia para a Migração" que inclui um sistema de quotas para a redistribuição de refugiados pelos Estados-membros.
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O comissário europeu para as Migrações, Dimitris Avramopoulos, revelou hoje os números e a estratégia definida.
Ao todo, a agenda aprovada baseia-se em quatro pontos: ajudar as nações de origem e o trânsito de imigrantes, controlar as fronteiras a sul da Líbia e nos Estados de fronteira, implementar missões de segurança e defesa contra os traficantes e, o mais controverso, obrigar a subdividir os refugiados pelos países-membros com base em um mecanismo de quotas.
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Apresentada a "Agenda Europeia para a Migração", está desde já previsto um regime de reinstalação temporário para 20 mil refugiados em todos os países membros.
Até ao final do mês de maio, a Comissão Europeia deve apresentar a quota que de cada país, mas pelos dados preliminares, Bruxelas estima que Portugal fique com uma quota de 3,52%, ou seja, poderá receber 704 refugiados.
Este número contrasta significativamente com o número de refugiados que Portugal aceitou receber nos últimos anos. Ainda esta semana, o Eurostat divulgou que, em 2014, os números de Portugal foram praticamente residuais, tendo as autoridades dado resposta positiva a apenas 40 dos 155 pedidos recebidos.
No sistema de emergência hoje proposto pela Comissão Europeia, o país que ficaria com mais refugiados seria a Alemanha, com 3.086 (15,43%), seguida de França, com 2,375 (11,87%), e Reino Unido, com 2.309 (11,54%).