União Europeia condena execução do dissidente iraniano-sueco Habib Chaad pelo Irão

Habib Farjollah Chaab
Majid Azad/AFP
Condenado à morte a 06 de dezembro, Habib Chaab foi acusado pelas autoridades de Teerão de ser o líder de um grupo separatista árabe no oeste do país.
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A Suécia, que detém a presidência rotativa da União Europeia (UE), condenou hoje a execução no Irão, do dissidente iraniano-sueco Habib Chaab por "terrorismo".
"A pena de morte é uma punição desumana e irreversível e a Suécia, como o resto da UE, condena sua aplicação em todas as circunstâncias", disse o ministro das Relações Exteriores da Suécia, Tobias Billstrom, numa publicação no Twitter.
Condenado à morte em 06 de dezembro - sentença confirmada em 12 de março - Habib Chaab foi acusado pelas autoridades de Teerão de ser o líder de um grupo separatista árabe no oeste do país.
Habib Chaab tinha desaparecido em outubro de 2020 depois de ir para Istambul, antes de reaparecer um mês depois, na prisão, no Irão.
"A sentença de morte de Habib Chaab (...) à frente do grupo terrorista Harakat al-Nidal, foi executada hoje de manhã", anunciou a agência da autoridade judiciária Mizan Online.
As execuções são geralmente realizadas no Irão por enforcamento ao amanhecer.
Em novembro de 2020, a televisão iraniana transmitiu um vídeo de Habib Chaab, no qual era acusado de um atentado mortal que teve como alvo um desfile militar em setembro de 2018 em Ahvaz, capital da província do Cuzistão (sudoeste), e de trabalhar para os serviços de inteligência sauditas.
Na sua mensagem no Twitter, o chefe da diplomacia sueca lembrou que Estocolmo tinha pedido, sem sucesso, ao Irão que renunciasse a essa sentença de morte.
A Suécia tomou medidas para oferecer assistência consular ao Chaab, mas sem resultado, porque o Irão não reconhece a dupla nacionalidade.