Mahmoud Abbas assegura que respeita todas as fés monoteístas e condenou o Holocausto.
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O presidente da Autoridade Palestiniana pediu desculpa pelas declarações sobre a perseguição aos judeus.
Mahmoud Abbas condenou o antissemitismo e ressalvou que o Holocausto "foi o crime mais hediondo da História", depois de, no domingo à noite, durante uma reunião da Organização para a Libertação da Palestina em Ramallah, ter sugerido que a perseguição contra os judeus na Europa se deveu mais às suas atividades, nomeadamente na banca, do que à sua religião.
"Se houve pessoas ofendidas pelas minhas declarações, especialmente pessoas de fé judaica, peço-lhes desculpa", escreveu num comunicado divulgado esta sexta-feira.
Garantindo que não teve intenção de ofender ninguém, Mahmoud Abbas reiterou ainda "o total respeito pela fé judaica, assim como por outras fés monoteístas".
No domingo à noite, durante uma reunião da Organização para a Libertação da Palestina em Ramallah, Abbas citou vários autores para afirmar que o ódio aos judeus se deveu à sua posição social ligada ao setor bancário.
A União Europeia considerou "inaceitáveis" estas declarações. "O discurso feito pelo presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, a 30 de abril, continha observações inaceitáveis sobre as origens do Holocausto e a legitimidade de Israel", declarou uma porta-voz da chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini.
As declarações de Abbas foram também criticadas por dirigentes israelitas e por diplomatas norte-americanos, assim como pelo chefe da diplomacia alemã, Heiko Maas.
"Estamos comprometidos contra toda a relativização do Holocausto", escreveu Maas na rede social Twitter, apelando a que se mantenha ativa a luta contra qualquer forma de antissemitismo em qualquer parte do mundo.