A União Europeia vai organizar uma reunião de urgência com os ministros do Interior e dos Negócios Estrangeiros por causa do naufrágio da embarcação que transportava 700 imigrantes no Mediterrâneo.
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Cerca de 700 imigrantes estão desaparecidos no Mediterrâneo, depois de a traineira onde viajavam com destino a Itália ter naufragado a 60 milhas da costa da Líbia.
O presidente francês François Hollande, que tinha sugerido a realização de uma reunião de urgência ao nível da União Europeia, afirmou que esta pode vir a ser uma das «maiores catástrofes» dos últimos anos no Mediterrâneo, caso se venha a confirmar o balanço provisório de vítimas.
O chefe de Estado francês disse ainda a Europa deve agir face ao aumento da «situação dramática» em relação à imigração que se verifica desde o início do ano.
Após ter contactado com o primeiro-ministro italiano, o presidente francês disse à estação de televisão Canal+ que é necessário reforçar o número de navios de salvamento e dos meios aéreos no Mediterrâneo.
Para François Hollande são precisas medidas de combate contra as redes de tráfico de imigração irregular, organizações que comparou a «terroristas».
«Os traficantes que metem as pessoas nos barcos são traficantes. São terroristas porque eles sabem perfeitamente que estas embarcações não têm condições e que podem naufragar pondo centenas de pessoas em perigo», acrescentou Hollande.
Este domingo o Papa Francisco pediu medidas urgentes para acabar com tragédias como as do Mediterrâneo e reclamou uma atuação rápida e eficaz à comunidade internacional. O Papa não quer que estas tragédias voltem a acontecer.