Em declarações à TSF, o padre Pedro Daniel fala numa "ligação muito especial" entre o Papa e a capital italiana
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O padre Pedro Daniel, que está a estudar em Roma, afirma que a cidade italiana tinha mesmo de despedir-se de forma efusiva do Papa, até porque ele trazia "caraterísticas muito particulares". A sua urna foi "acolhida" pelos mais pobres e frágeis num claro "sinal de acolhimento" por parte daqueles que Francisco sempre "privilegiou".
Em declarações à TSF, o padre lembra que Francisco, quando tinha essa possibilidade, "gostava de se deslocar à cidade" para diversas atividades "normais" do seu quotidiano.
"Fosse para encontros com os sacerdotes, fosse para visitar pessoas amigas ou ir ao oculista, comprar um cd, além das inúmeras visitas que fazia a prisões, igrejas e outros encontros que tinha com o clero", adianta.
Estas visitas frequentes possibilitam que a própria cidade crie uma "ligação muito especial" com os Papas, pelo que a morte de um chefe da Igreja Católica é sentida de forma particular nestes locais.
"Isso vê-se também na presença das autoridades da própria cidade e do próprio Estado italiano que marcaram presença no funeral", argumenta.
Francisco pediu para ser enterrado na sua igreja preferida, na Basílica de Santa Maria Maior, que abre este domingo ao público. O caixão do chefe da Igreja Católica foi também recebido por representantes daqueles que costumam estar na sombra.
"O santo padre, ao chegar à Basílica de Santa Maria Maior, que era um dos lugares prediletos dele em Roma, se não o mais predileto, onde ele escolheu que os seus retos mortais permanecessem, foi acolhido por um grupo de pessoas pobres, frágeis, a quem ele assistia através dos seus responsáveis com as obras sociais e caritativas", nota.
O padre Pedro Daniel considera que este foi um "sinal de acolhimento" por parte daqueles que Francisco sempre "privilegiou no seu Ministério": os mais frágeis e as pessoas que viviam nas periferias.