As assembleias de voto para a segunda fase do referendo à controversa nova constituição do Egito que decorreu hoje já encerraram, mas os resultados oficiais só serão conhecidos dentro de dias.
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Hoje foram chamados a votar 25 milhões de eleitores de 10 províncias que incluíam as três grandes cidades do canal do Suez - Port-Said, Ismailiya e Suez -, Luxor e Gizé, uma província que engloba grande parte dos bairros do oeste do Cairo.
Em 15 de dezembro realizou-se uma primeira jornada do referendo, na qual participaram 26 milhões de eleitores referentes a 10 províncias.
O principal grupo de oposição, a Frente de Salvação Nacional, alegou hoje, em comunicado, fraude eleitoral, nomeadamente relatórios feitos por supostos juízes que se apresentaram para supervisionar a votação.
Na sexta-feira, antes da abertura das urnas, registaram-se confrontos em Alexandria, a segunda maior cidade do Egito, nos quais ficaram feridas 62 pessoas.
Hoje, o vice-presidente, Mahmud Meki, anunciou a sua demissão por considerar que «terminou a missão de serviço à pátria», segundo os órgãos de comunicação estatais.
O texto da nova Constituição foi elaborado por uma comissão dominada pelos islamitas que apoiam o Presidente egípcio, Mohamed Morsi, e boicotada pelos liberais e os cristãos e metade do país.
Os resultados oficiais só serão conhecidos dentro de dias, disseram funcionários eleitorais, segundo a agência Associated Press.
Na primeira parte do referendo 57 por cento dos eleitores votaram "sim" à nova Constituição.
Para a realização deste referendo foram mobilizados 250.000 polícias e soldados para garantir a segurança.