A vaga de frio já conhecida como "Urso da Sibéria" está a afetar toda a Europa.
Corpo do artigo
A vaga de frio siberiano que atinge o continente europeu já provocou pelo menos 19 mortos desde a última sexta-feira, elevando para 53 o número de mortes provocadas pelas baixas temperaturas desde novembro.
Segundo a agência France Press, nove pessoas morreram na Polónia e em França, onde não se registavam temperaturas tão baixas desde 2005, quatro sem-abrigo foram encontrados mortos.
Com temperaturas entre -10ºC e -15ºC, em Bruxelas, na Bélgica foi ordenada a detenção administrativas de pessoas que não vão voluntariamente para abrigos, uma medida já aplicada a dez sem-abrigo.
Na capital italiana, as escolas encerraram e até os padres do Vaticano sairam à rua para brincar com a neve.
Na região de Veneza, em Dolina Campoluzzo, situada a uma altitude de 1.768 metros, registou-se na noite de domingo uma temperatura de 40 graus negativos, devido a um microclima.
Na Alemanha, no topo do Zugspitze (2.962 metros), a montanha mais alta daquele país, os termómetros desceram na noite de domingo até aos -27ºC. Em Berlim, onde perto de três mil pessoas vivem nas ruas, os refúgios correm o risco de ficar sobrelotados.
As temperaturas baixaram para os 23 graus negativos em Tamsweg, perto de Salzburgo (oeste). O rio Danúbio está congelado em algumas partes.
Nas Canárias, na ilha de Tenerife, oito turistas alemãs tiveram de passar a noite de domingo numa gruta devido à chuva e vento fortes, antes de terem sido socorridos por via marítima. Novecentos outros turistas foram forçados a passar a noite nos hotéis, por causa dos desvios dos voos.
Em Sófia, capital da Bulgária, a temperatura mínima é de sete graus negativos e os serviços meteorológicos emitiram alerta laranja (o segundo mais grave) para duas regiões do sul, próximas da Grécia. O tráfego no aeroporto da capital está a sofrer perturbações.
Na Roménia, um homem de 65 anos foi encontrado morto no exterior da sua casa. A circulação de vários comboios foi interrompida por causa da neve e escolas por todo o país devem permanecer fechadas.
Outro acontecimento raro verificou-se na costa do Adriático: nevou. Na segunda-feira, a capital da Croácia, Zagreb, os termómetros chegaram aos dez graus abaixo de zero.
A neve está a atingir o leste de Inglaterra e os serviços meteorológicos emitiram alertas até quarta-feira, inclusive. Esta semana deverá ser a "mais fria" dos últimos anos.
Em Estocolmo, as temperaturas rondam os cinco graus negativos e chegam aos -20ºC em Östersund, um destino de esqui.
Na Suécia, a neve perturbou na segunda-feira o tráfego no aeroporto de Arlanda, na capital, e os comboios ficaram bloqueados no oeste.
Na Rússia, registaram-se temperaturas "anormalmente frias" no centro do país e em Moscovo, oscilando entre os -14ºC e os -24ºC, esperando-se um "pico de frio".