O ministro espanhol do Interior, mesmo defendendo a ação da polícia, admitiu que houve algum excesso das forças de segurança na manifestação de estudantes em Valência.
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Jorge Fernández Díaz reconhece ualgum excesso, alguma atuação desproporcionada, mas também disse que esse excesso se limitou a um ou outro polícia e que os casos serão investigados. O governo, garantiu, irá atuar em conformidade.
Numa entrevista à Catalunya Rádio esta terça-feira, o ministro aproveitou também para criticar as palavras pouco felizes do chefe da polícia de Valência, que se referiu aos manifestantes como o inimigo quando se recusou a dizer quantos polícias estava a deslocar para o centro da cidade, porque não queria dar essa informação ao inimigo.
Jorge Fernández Díaz sublinhou que errar é humano e mostrou-se compreensivo para com o chefe da policia, dizendo entender o que aquele elemento da polícia queria dizer, mas reconhecendo que o fez da pior maneira.
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O ministro do Interior vai comparecer na respetiva comissão no congresso para explicar a atuação da polícia.
Ainda assim, o governante foi dizendo que entre os estudantes há radicais e violentos infiltrados que estão a criar problemas. São esses excessos que é preciso controlar, defendeu.
Estudantes manifestaram-se esta segunda-feira em Valência, num protesto contra os cortes na educação e também contra a atuação da polícia em manifestações idênticas na semana passada.
Esta segunda-feira, testemunhas referiram várias cargas da polícia sobre os manifestantes na praça central de Valência. Pelo menos 26 foram detidos e onze ficaram feridos.