O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu, este domingo, "destruir" o grupo extremista DAESH, num discurso excepcional à nação a partir da sala oval, na Casa Branca.
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Esta foi a terceira vez ao longo de dois mandatos que Obama utilizou a sala oval, da Casa Branca, para fazer um discurso à Nação.
O presidente dos Estados Unidos usou este formalismo politico para dizer que "a ameaça do terrorismo é real, mas vamos superá-la" e "vamos destruir o DAESH e qualquer organização que tente fazer-nos mal".
Este discurso de Obama acontece poucos dias depois de um ataque de um casal de terroristas contra um centro social na Califórnia, em que morreram 14 pessoas.
Para Obama estes são ataques contra as democracias ocidentais mas "a liberdade é mais poderosa do que o medo". Os Estados Unidos encontram-se "no lado certo da história" e vão vencer o terrorismo 'jihadista'", sublinhou.
Obama anunciou que vai solicitar a ajuda de empresas de alta tecnologia para intensificar a luta contra o DAESH: "Vou exortar os líderes de alta tecnologia e os que aplicam a lei a fazer com que seja mais difícil para os terroristas usar tecnologia para escapar da justiça".
Por outro lado, apelou ao Congresso para apertar o controlo da venda de armas após o ataque de quarta-feira na Califórnia, já que o casal de "terroristas" obteve as armas de forma legal.
O chefe de Estado norte-americano revelou que "neste momento, não há qualquer indicação de que os atacantes foram dirigidos por um grupo terrorista a partir do estrangeiro", mas o casal de atacantes "seguiu o caminho obscuro da radicalização", "abraçando uma pervertida interpretação do Islão que apela à guerra contra a América e o Ocidente".
No discurso transmitido em direto na televisão, foi reafirmado que os Estados Unidos não vão enviar tropas para combater o DAESH no terreno.
"Não devemos envolver-nos mais uma vez num guerra no terreno longa e custosa no Iraque ou na Síria", adiantou Obama.
"É isso que grupos como o DAESH querem", disse Obama. E, por outro lado, os grupos extremistas "podem manter a insurgência durante anos" no terreno, perante a presença de tropas estrangeiras, "matando milhares de soldados", consumindo os recursos norte-americanos e usando a presença dessas tropas "para atrair novos membros".
Obama defende, por isso, a atual "estratégia" dos Estados Unidos contra o DAESH, marcada por "ataques aéreos, forças especiais e pelo trabalho com as forças locais que lutam para recuperar o controlo do seu próprio país".
"É desta forma que conseguiremos uma vitória mais sustentável e que não requer o envio de uma nova geração de americanos para lutar e morrer durante outra década em solo estrangeiro", conclui o presidente dos Estados Unidos.